Tenho um novo livro pra fazer. Na verdade já estou fazendo. Aos que curtem aquelas artes de anatomia onde tento demonstrar quais são os músculos acionados em determinados movimentos já podem se alegrar, logo, querendo Deus, teremos mais uns álbuns assim nas livrarias.
Mas sabem o que é trabalhar sem motivação? É assim que estou. Caramba, gosto do que faço, não sirvo pra outra coisa, mas me sinto exausto, acabado, emperrado, como se precisasse de graxa nas engrenagens e nunca houvesse graxa suficiente. Tem entrado pouca grana e isto tem incomodado, vamos aos mercados atrás das ofertas, o sol a pino ou a chuva caudalosa, parece não haver mais no mundo o meio termo, a vida insinuando que vai acabar a qualquer instante. O pior é que sempre existe aquele ser humano que poderia ajudar mas faz questão de ser um entrave, na verdade ajudaria muito não atrapalhando. Mas mesmo sob condições adversas o trabalho vai evoluindo.
Logo pela manhã fui até à imobiliária conversar sobre meu aluguel. Felizmente sou aquele tipo de cara que nunca atrasa os pagamentos e nas dificuldades isto é levado em conta.
Saindo de lá topei com um amigo, dono de uma academia de musculação - lugar pra levantador de ferro mesmo - e conversamos um pouco. Meus problemas pareceram pálidos perto dos que ele enfrenta.
A arte de hoje é uma imagem de Memórias Póstumas de Brás Cubas, um dos melhores livros que já li.
Tive muito prazer em receber semana passada uma mensagem do editor e amigo Leandro Luigi Del Manto perguntando sobre os direitos destas ilustrações que fiz para os clássicos da literatura brasileira. Ele pensou num belo tomo reunindo os melhores desenhos e um pequeno texto explicando as cenas. Logo me lembrei de uns volumes de luxo que lançaram nos States de um artista chamado Joseph Clement Coll, um grande ilustrador da Golden Age que muito me influenciou com suas hachuras nervosas, as artes que ele realizou para O Mundo Perdido, de Arthur Conan Doyle, são impecáveis.
Mas porém, contudo e entretanto para mim isto seria impossível pois a Editora Construir possue os direitos e eles não liberam de jeito nenhum. E na boa, não fosse este entrave, teríamos um mercado para este tipo de coisa? Não quero menosprezar o brasileiro mas estamos mesmo interessados em arte? Seguindo esta linha de pensamento haveriam coisas mais a discutir mas não posso me delongar aqui. Melhor cuidar do que fazer. Ainda tenho assuntos a tratar na rua.
Beijos a todos.
Mas sabem o que é trabalhar sem motivação? É assim que estou. Caramba, gosto do que faço, não sirvo pra outra coisa, mas me sinto exausto, acabado, emperrado, como se precisasse de graxa nas engrenagens e nunca houvesse graxa suficiente. Tem entrado pouca grana e isto tem incomodado, vamos aos mercados atrás das ofertas, o sol a pino ou a chuva caudalosa, parece não haver mais no mundo o meio termo, a vida insinuando que vai acabar a qualquer instante. O pior é que sempre existe aquele ser humano que poderia ajudar mas faz questão de ser um entrave, na verdade ajudaria muito não atrapalhando. Mas mesmo sob condições adversas o trabalho vai evoluindo.
Logo pela manhã fui até à imobiliária conversar sobre meu aluguel. Felizmente sou aquele tipo de cara que nunca atrasa os pagamentos e nas dificuldades isto é levado em conta.
Saindo de lá topei com um amigo, dono de uma academia de musculação - lugar pra levantador de ferro mesmo - e conversamos um pouco. Meus problemas pareceram pálidos perto dos que ele enfrenta.
A arte de hoje é uma imagem de Memórias Póstumas de Brás Cubas, um dos melhores livros que já li.
Tive muito prazer em receber semana passada uma mensagem do editor e amigo Leandro Luigi Del Manto perguntando sobre os direitos destas ilustrações que fiz para os clássicos da literatura brasileira. Ele pensou num belo tomo reunindo os melhores desenhos e um pequeno texto explicando as cenas. Logo me lembrei de uns volumes de luxo que lançaram nos States de um artista chamado Joseph Clement Coll, um grande ilustrador da Golden Age que muito me influenciou com suas hachuras nervosas, as artes que ele realizou para O Mundo Perdido, de Arthur Conan Doyle, são impecáveis.
Mas porém, contudo e entretanto para mim isto seria impossível pois a Editora Construir possue os direitos e eles não liberam de jeito nenhum. E na boa, não fosse este entrave, teríamos um mercado para este tipo de coisa? Não quero menosprezar o brasileiro mas estamos mesmo interessados em arte? Seguindo esta linha de pensamento haveriam coisas mais a discutir mas não posso me delongar aqui. Melhor cuidar do que fazer. Ainda tenho assuntos a tratar na rua.
Beijos a todos.
