Amadas e amados, salve! Digam às suas mães que desejo a elas um dia feliz e auspicioso!
Ah, hoje eu estou quebrado fisicamente, e porque não dizer mentalmente? Em definitivo, não sou mais um mocinho. Não sei se foi em 2012 ou 2013 eu postei um texto mencionando a mudança de residência da minha sogra, só não lembro a data exata, tampouco o que me motivou a escrever sobre um assunto tão prosaico, recordo de tecer comentários sobre as manchas de bolor numa parede - que raspara antes de pintar - e elas sugeriam imagens grotescas dignas de uma ilustração fantástica. Bem, o fato é que de lá pra cá, a querida mãe da minha esposa já teve que mudar umas duas vezes, sempre pelo mesmo motivo: o proprietário pediu o imóvel ao final do contrato, para vender. Em todas essas mudanças lá estava eu para carregar geladeira, móveis, caixas e etc. Sempre foi penoso transportar móveis escadas acima. Eu poderia medir meus níveis de energia em cada empreitada dessas. Ontem me pareceu a pior de todas! Parecia que eu tinha serragem em baixo da pele ao invés de fibras musculares, minhas velhas lesões hibernadas, adquiridas nos meus tempos de musculação, acordaram e gritaram com todas as forças. Eu e meus cunhados suávamos e ofegávamos como porcos levando aqueles objetos escadaria acima (sorte que o apê dela dessa vez ficava no segundo andar), teve um sofá que teimava em não passar por um corredor estreito. Pô, foi uma luta e hoje meu corpo ressente, minhas mãos estão cansadas pra caralho! Mas estou pronto pra briga de novo. Hoje a tarde eu e Vera vamos até lá para ajudar na arrumação das coisas. As pessoas falam mal das sogras mas eu e a minha nos damos muito bem.
Ok, vamos ao que eu queria falar de fato e que justificaria o título desta postagem: velho estou ficando mesmo, a força da gravidade se faz sentir mais a medida que os anos avançam, mas como fica meu amadurecimento? Dentro da minha cabeça ainda sou um pré adolescente, sinto isso, não é aquela coisa romântica e piegas que muitos falam de ter uma alma jovem, falo de ser mesmo inconsequente e sonhador, o que me causa dissabores na vida por estar sempre quebrando a cara. O Cesar, um amigo de infância, me disse muito acertadamente, certa vez, que meu grande defeito era esperar das pessoas o mesmo comportamento que tenho com delas.
Semana retrasada um jornalista do Jornal do Commercio entrou em contato para fazer uma entrevista comigo. Passei meu telefone, conversamos, falamos sobre Zé Gatão, Edgar Allan Poe, Phobos e Deimos e panorama das HQs no Brasil atualmente. Enviei imagens por e-mail para ele ilustrar a matéria. Claro que só saiu uma pequeno desenho e o que debatemos ficou resumido em um texto mínimo, eu sei como a coisa funciona por isto não me frustrei, um sinal de que estou ficando grandinho? No passado meu trabalho fui motivo de resenhas em jornais e revistas e eu sempre esperava que minha carreira deslanchasse a partir dali, que muita gente leria e iria procurar meus álbuns e todas essas coisas que a gente imagina quando tem muitas ambições e ilusões sem ter ideia de como a banda toca. Desta vez não, saiu exatamente como imaginei, e que fora a vaidade de ser lembrado como um quadrinista que vale a pena ser consultado para uma matéria sobre este ainda tão desvalorizado tipo de arte, nada vai mudar meu quadro de vida atual.
Para complementar, a Criativo está fazendo uma boa divulgação do último álbum de anatomia focado na cabeça e no tronco. A lenda Júlio Shimamoto me passou mensagem parabenizando, o Mike Deodato, brasileiro fodão que trabalha para a Marvel, fez um vídeo elogiando o livro. Na real, é muito legal e sei que tudo isso pavimenta a estrada que percorro, mas a distância ainda é longa.
No momento tudo isto pode não estar gerando dinheiro mas massageia o ego que é uma beleza, e ainda assim não me causa mais enlevos como foi outrora. Seria isto sinal de adultez ou apenas cansaço?
Boa semana a todos.
Ah, hoje eu estou quebrado fisicamente, e porque não dizer mentalmente? Em definitivo, não sou mais um mocinho. Não sei se foi em 2012 ou 2013 eu postei um texto mencionando a mudança de residência da minha sogra, só não lembro a data exata, tampouco o que me motivou a escrever sobre um assunto tão prosaico, recordo de tecer comentários sobre as manchas de bolor numa parede - que raspara antes de pintar - e elas sugeriam imagens grotescas dignas de uma ilustração fantástica. Bem, o fato é que de lá pra cá, a querida mãe da minha esposa já teve que mudar umas duas vezes, sempre pelo mesmo motivo: o proprietário pediu o imóvel ao final do contrato, para vender. Em todas essas mudanças lá estava eu para carregar geladeira, móveis, caixas e etc. Sempre foi penoso transportar móveis escadas acima. Eu poderia medir meus níveis de energia em cada empreitada dessas. Ontem me pareceu a pior de todas! Parecia que eu tinha serragem em baixo da pele ao invés de fibras musculares, minhas velhas lesões hibernadas, adquiridas nos meus tempos de musculação, acordaram e gritaram com todas as forças. Eu e meus cunhados suávamos e ofegávamos como porcos levando aqueles objetos escadaria acima (sorte que o apê dela dessa vez ficava no segundo andar), teve um sofá que teimava em não passar por um corredor estreito. Pô, foi uma luta e hoje meu corpo ressente, minhas mãos estão cansadas pra caralho! Mas estou pronto pra briga de novo. Hoje a tarde eu e Vera vamos até lá para ajudar na arrumação das coisas. As pessoas falam mal das sogras mas eu e a minha nos damos muito bem.
Ok, vamos ao que eu queria falar de fato e que justificaria o título desta postagem: velho estou ficando mesmo, a força da gravidade se faz sentir mais a medida que os anos avançam, mas como fica meu amadurecimento? Dentro da minha cabeça ainda sou um pré adolescente, sinto isso, não é aquela coisa romântica e piegas que muitos falam de ter uma alma jovem, falo de ser mesmo inconsequente e sonhador, o que me causa dissabores na vida por estar sempre quebrando a cara. O Cesar, um amigo de infância, me disse muito acertadamente, certa vez, que meu grande defeito era esperar das pessoas o mesmo comportamento que tenho com delas.
Semana retrasada um jornalista do Jornal do Commercio entrou em contato para fazer uma entrevista comigo. Passei meu telefone, conversamos, falamos sobre Zé Gatão, Edgar Allan Poe, Phobos e Deimos e panorama das HQs no Brasil atualmente. Enviei imagens por e-mail para ele ilustrar a matéria. Claro que só saiu uma pequeno desenho e o que debatemos ficou resumido em um texto mínimo, eu sei como a coisa funciona por isto não me frustrei, um sinal de que estou ficando grandinho? No passado meu trabalho fui motivo de resenhas em jornais e revistas e eu sempre esperava que minha carreira deslanchasse a partir dali, que muita gente leria e iria procurar meus álbuns e todas essas coisas que a gente imagina quando tem muitas ambições e ilusões sem ter ideia de como a banda toca. Desta vez não, saiu exatamente como imaginei, e que fora a vaidade de ser lembrado como um quadrinista que vale a pena ser consultado para uma matéria sobre este ainda tão desvalorizado tipo de arte, nada vai mudar meu quadro de vida atual.
Para complementar, a Criativo está fazendo uma boa divulgação do último álbum de anatomia focado na cabeça e no tronco. A lenda Júlio Shimamoto me passou mensagem parabenizando, o Mike Deodato, brasileiro fodão que trabalha para a Marvel, fez um vídeo elogiando o livro. Na real, é muito legal e sei que tudo isso pavimenta a estrada que percorro, mas a distância ainda é longa.
No momento tudo isto pode não estar gerando dinheiro mas massageia o ego que é uma beleza, e ainda assim não me causa mais enlevos como foi outrora. Seria isto sinal de adultez ou apenas cansaço?
Boa semana a todos.