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Channel: A ARTE DE EDUARDO SCHLOESSER
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AMOR POR ANEXINS E OUTROS CONTOS ( 06 ).

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Sobre o que falar? Sobre o calor insuportável que anda fazendo, principalmente a noite? Ligamos o ventilador e ficamos na dúvida se não abrimos o forno. Não, já comentei sobre isso inúmeras vezes aqui. Sobre as frequentes quedas de energia? Também não. Sobre o meu cansaço físico e mental sempre presente? A respeito da crescente idiotia daqueles que não querem alternância de poder? A mediocrização irreversível da cultura? Cadê as boas músicas? Os bons filmes? Perdidos, escondidos no meio de toda a tralha que se produz atualmente com grana que daria para construir um belo hospital totalmente equipado? Nah! Já escrevi sobre tudo isso. Parece que não tenho mais assunto. Talvez eu devesse discorrer sobre as maravilhas de Deus, a beleza do amanhecer, do por do sol, dos pássaros e flores ou da inocência das crianças. Sim, seriam bons temas, mas acho que não estaria sendo sincero, o Senhor sabe. Para falar sobre a nobreza das violentas vagas do mar, o aconchegante barulho da chuva na janela, preciso estar em sintonia, o que não é o caso. Este ano de 2018 foi particularmente cruel.

Mas a arte ajuda, tenho criado coisas interessantes sob encomenda (isto paga as contas, o que no fundo é o que importa), de quebra ainda faço um desenho pra mim, bem maluco, nos intervalos.

As articulações dos dedos da minha mão direita (minha principal ferramenta de trabalho) doem pacas. Tento deixar no gelo e fazer alongamentos mas parece não estar surtindo efeito. Ir a um reumatologista? Sim, claro! Mas tudo o que eu ganho é para pagar as contas básicas. Saúde é importante mas o estômago reclama prioridade. Não sei, continuo vivendo um dia de cada vez, será assim até que meu corpo suportar.
Ingratidão e injúrias enfermam a alma. Mas não entristeçamos com esses assuntos.

Assisti a série de terror (terror?) "A Maldição da Casa Hill". Gostei? Não sei, acho que não. Gostei de algumas coisas, a maior parte achei chata demais. Vi também a terceira temporada de Demolidor, da Marvel. Apesar do herói cego continuar apanhando como um cão sem dono eu curti muito.

Estou lendo O Morro dos Ventos Uivantes, o clássico (gótico?) de Emily Bronte, o que prova que tudo tem seu tempo certo.

De quadrinhos, eu leio nos intervalos de trabalho, Fragmentos do Horror, mangá de Junji Ito, o papa nipônico da bizarrice. Quem disse que hq de terror bem feita não perturba de verdade? Esses japas são foda, quando criam algo legal não há quem os supere.
Releio também a excelente série Escalpo, da Vertigo.

Não tenho escutado muita música, mas quando ouço é só aquelas coisas antigonas.


Mais uma cena deste clássico para vocês - aliás, este livro é um dos vinte e tantos que a editora ainda não publicou - e me despeço por hoje.

Fiquem todos bem.



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