Depender das máquinas para atividades profissionais tornou-se um grande problema. Lembro-me de um amigo que eu tive bem no comecinho dos anos 90 onde a informática ainda dava seus primeiros passos na vida cotidiana das pessoas. Publicitário, trabalhava em casa e usava o computador para tudo, fazer suas artes, logos e jingles. Muito requisitado por sua competência, teria ganho muito dinheiro se soubesse cobrar bem pelos seus serviços, este é meu problema também, com a diferença de que ele era funcionário público de um ministério em Brasília e usava seus dons apenas por paixão e para complementar sua renda, eu, além de não ser tão disputado como ele, não sei fazer mais porra nenhuma na vida a não ser desenhar.
Bem, o caso é que certo dia o PC dele começou a travar e por fim brecou de vez. Poucas vezes o vi tão raivoso e depois depauperado mentalmente. Levou o aparelho para consertar e eu o acompanhei nessa via crúcis. Não haviam tantos profissionais em computadores neste período, teve que trocar placa e sei lá mais o quê, levou mais de uma semana para pegá-lo de volta.
Esta introdução foi para comentar que eu também ando tendo dor de cabeça com os eletrônicos que hoje já fazem parte total de nossas vidas. No meu caso, vivo bem sem redes sociais, embora elas desempenhem um papel fundamental para eu ganhar dinheiro, mas não é só isso, tenho que escanear imagens, fazer pesquisas, enviar e responder e-mails e etc e o funcionamento limitado dos aparelhos me impedem inclusive de fazer uma postagem mais bacana aqui.
E já que mencionei este blog, vocês sabem que comentei várias vezes minha intenção de finalizá-lo. Tenho pensado insistentemente nisto por vários motivos: o primeiro deles são as baixas visualizações, tem a minha falta de motivação, noto que estou soando repetitivo a bastante tempo, motivo pelo qual muitos talvez tenham debandado. Acho que minhas palavras soam cada dia mais insossas, sem a alma de outrora. Pode ser minha fadiga mental, o tempo sempre muito curto ou eu não tenha mais o pique, vai saber.
Entretanto, algumas pessoas curtem minhas linhas, pedem para eu continuar e muitas até já pediram para publicar minhas crônicas, memórias e contos em papel. É muito lisonjeiro mas vocês sabem, não sou escritor, me sinto um analfabeto funcional, não escrevo direito, não sei bem o uso de vírgulas e todas essas coisas da língua portuguesa, o que faço aqui é usar essa ferramenta do Google como um diário, um veículo além de minhas artes e HQs para me comunicar com um público. E duvido muito que algum editor vá se arriscar numa furada dessas. Só se eu fosse o Eisner ou o Kirby.
Eu não tenho mais visitado os blogs que curtia, muitos de artistas dos quais sou fã, e boa parte deles também abandonaram seus espaços para se concentrar em páginas no Facebook, Instagram, Twitter e o que mais tiver a disposição.
Bem, já falei o que tinha pra falar hoje. Agora é arrumar tempo para a segunda parte da saga do Ed Palumbo e as memórias com Alvarado em meio as artes que tenho que entregar e os percalços com computadores lentos.
Mais uma arte para o conto do Artur Azevedo.