Quantcast
Channel: A ARTE DE EDUARDO SCHLOESSER
Viewing all articles
Browse latest Browse all 708

MAIS UM POUQUINHO DE MACHADO ASSIS.

$
0
0


Alguém ainda lê blogs?
Hoje me peguei com este pensamento, pois cheguei muito tarde a esta ferramenta; quando inaugurei este espaço, o twitter já chegava chutando a porta com seu imediatismo deixando tudo para trás, agora o Facebook se consolida com a exibição de imagens, comentários e respostas quase imediatas. Sinal de um mundo girando numa velocidade que não consigo acompanhar, não, corrigindo, não me sinto estimulado a acompanhar. Com isso, imagino, ficamos alheios cada dia mais, seja a uma bela arte ou a um acontecimento trágico. Tudo passa numa velocidade meteórica, não dando espaço para reflexão. Bem, o mundo volteia na velocidade que exigem os tempos, se não o acompanha você fica ultrapassado.
Pra falar a verdade já me sinto ultrapassado desde o fins dos anos 80 quando uns colegas da faculdade me taxaram de retrógrado porque eu não era baladeiro (esse termo é moderninho, né?) e não fumava maconha, algumas pessoas lá se cumprimentavam com selinho, homem com homem, mulher com mulher, homem com mulher, e assim por diante. Por não aderir, uma garota disse que eu era o último dos neandertais. Acho que ela estava certa.

Quanto a pergunta que abre este texto... bem, noto nas estatísticas deste blog que as visitas vem diminuindo consideravelmente, mas sei de umas pessoas que curtem ler minhas pobres linhas, eu continuarei escrevendo para elas. Se mais alguém, anônimo, também se agrada, eu agradeço.

Ontem (domingo) no auditório da Livraria Saraiva participei das comemorações pelo dia do Quadrinho Nacional capitaneada pelo Sandro Marcelo (PADA) e Rafael Oliveira (PERNAMBUCONERD).
Teve uma palestra muito agradável com o professor Amaro Braga dissecando os mangás, principalmente os que são produzidos no Brasil, questionando com muita propriedade o que é hq nacional e o que é hq brasileira. Notadamente há uma diferença.
Houve também uma bela homenagem à Michelle Ramos por sua contribuição em divulgar os quadrinhos nacionais através do seu Zine Brasil, aulas de desenho com o amigão  Braga (criador do personagem Capitão Alfa) entre outras atividades.
Normalmente me sinto inadaptado em ocasiões como esta, mas ontem me senti muito bem, fiquei lá na minha, papeando de quando em vez com o Luciano Félix. Não era um povo arrogante, todos rapazes batalhadores que tem um amor genuíno pelos quadrinhos e sonham ver seus trabalhos publicados, chegando ao grande público. Oxalá consigam.
Não havia muita gente conforme era esperado, mas valeu. Pra mim foi um dia longe da rotina de trabalho.

Os rabiscos de hoje fazem parte do livro de contos de Machado de Assis.



Viewing all articles
Browse latest Browse all 708